O deputado estadual, membro da Comissão do Mercosul, na Assembleia Legislativa, Pepe Vargas/PT manifestou sua posição contrária à Emenda Constitucional (PEC299/2023), do governador Eduardo Leite, que busca revogar a obrigatoriedade do ensino do idioma na rede estadual de Educação, aprovada em dezembro de 2018. “O governador vai na contramão daquilo que é mais absolutamente razoável, ele pede a retirada do ensino do espanhol da rede de ensino no estado”, lamentou o deputado. Pepe recebeu, na reunião desta terça-feira (28/11), integrantes do movimento “Fica Espanhol”, composto principalmente por estudantes da licenciatura e professores de língua espanhola. O deputado demonstrou o seu apoio ao grupo, o qual iniciou uma mobilização em defesa da lei que estabelece a obrigatoriedade do ensino de espanhol na rede pública, ameaçado pelo Governo Leite.
Os integrantes do movimento “Fica Espanhol”, também visitaram a Comissão de Educação, para falar sobre o ensino da língua espanhola, garantido por unanimidade pela Assembleia Legislativa em 2018 e ameaçado por uma decisão política do Governo do Estado. O deputado Pepe destacou que a Emenda Constitucional de Eduardo Leite contraria, inclusive, a proposta do Ministério da Educação, que tramita no Congresso, tornando o ensino de espanhol e inglês, obrigatório nos currículos. “O Ministério da Educação encaminhou projeto para obrigatoriedade do ensino das línguas inglesa e espanhola, o que tem lógica, uma vez que o Brasil integra o Mercosul, composto por países de língua espanhola e fazer parte da América Latina”, explicou Pepe Vargas.
A professora Natália Labella, professora da UFRGS, destacou que não há falta de professores do idioma, uma vez há cinco grandes universidades formando profissionais anualmente. Já a presidente da Comissão de Educação, Sofia Cavedon (PT), disse que vai buscar uma emenda coletiva da Comissão para suprimir a medida proposta pelo Governo Leite. “Nós estamos integrados, precisamos aprender essa língua, que amplia horizontes, amplia a formação cultural. Nós vamos tentar fazer uma emenda retirando essa supressão, que seja da Comissão de Educação.”
Créditos fotos: Débora Beina