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 “Sistema financeiro público é fundamental e estratégico para o desenvolvimento econômico e social do RS”, afirma Pepe Vargas 

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Pepe Vargas

O Seminário do Fórum de Debates sobre o Papel Público do Sistema Financeiro Gaúcho, Banrisul, BRDE e Badesul – chamado de Fórum “O Banrisul que queremos” foi realizado nesta segunda-feira,  29 de abril, às 18h30, na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. A iniciativa reuniu dirigentes, funcionários e setores sociais que se relacionam com o Banrisul, o BRDE e o Badesul, para projetar o futuro do sistema financeiro público no RS. O Fórum vai percorrer, até setembro deste ano,  algumas das principais cidades do Rio Grande do Sul, mostrando a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento econômico de todas as regiões. 

O Rio Grande do Sul possui três bancos públicos para fomentar o crescimento: o maior Banco de varejo do sul do Brasil, o BANRISUL, um banco de fomento com linhas de longo prazo, o BRDE, e uma agência de desenvolvimento também capaz de operar linhas de crédito, o BADESUL. Na análise do deputado Pepe Vargas o sistema financeiro público é fundamental para o desenvolvimento econômico-social do Estado.  O deputado lembrou que a bancada do PT tem defendido a pauta do desenvolvimento econômico ao invés do aumento das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),  proposta pelo governo Eduardo Leite.  Para o Rio Grande do Sul retomar o crescimento, o Estado precisa ser o indutor  do crescimento econômico e social, pois tem inteligência institucional e capital humano para aplicar um novo modelo. “Os bancos públicos têm um papel estratégico  e fundamental nesta pauta do desenvolvimento econômico-social”, disse Pepe.  

O deputado destacou ainda que o governo Lula lançou  o Programa Nova Indústria Brasil (NIB), um plano de ações e investimentos, transformador e sustentável para a neoindustrialização do país durante o período dos próximos dez anos (até 2033). O plano de ações prevê o investimento de R$ 300 bilhões para financiar a política industrial até 2026.  O Programa tem seis eixos que tratam de: ampliar a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário dos atuais 23% para 50% e alcançar 70% de mecanização dos estabelecimentos de agricultura familiar; elevar até a próxima década a produção em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos tecnológicos em saúde; reduzir o  tempo deslocamento de casa para o trabalho em 20%, aumentando a produção do  transporte público sustentável; transformação digital das empresas industriais brasileiras,  promover a indústria verde, reduzindo em 30% a emissão de CO2, ampliando em 50% a participação dos biocombustíveis. “Quando a gente vota as diretrizes do sistema financeiro estadual, na Assembleia Legislativa, é importante que a gente possa pensar nesse processo de desenvolvimento para o nosso Estado, para que o Rio Grande do Sul volte a crescer”,  frisou. 

O diretor do Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região, Nelso Bebber,  avaliou que o Banrisul deve aliar as características de um banco com olhar social e estrutura eficiente. “O Rio Grande do Sul tem o privilégio de contar com um banco público de caráter local e é preciso que isso financie o desenvolvimento regional. Lutamos muito contra a ideia de privatização do Banrisul, pois entendemos que o Banrisul público pode ajudar a reduzir as desigualdades, por meio da distribuição de recursos e créditos”.

O Fórum, iniciativa do deputado Miguel Rossetto e do movimento sindical bancário, foi lançado em dezembro de 2023. Durante o encontro em Caxias do Sul foram foram debatidas ações para o crescimento econômico da região nordeste por intermédio do Banrisul, do BRDE e do Badesul, como a promoção da cultura e da inclusão social, o desenvolvimento da agricultura familiar, da indústria e da tecnologia, além de outros temas que sejam levados pelos participantes. 

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