Assembleia Legislativa leva experiência do Pacto RS 25 para a COP30

Foto de Pepe Vargas

Pepe Vargas

De 10 a 21 de novembro de 2025, as questões ambientais do mundo estarão em debate no Brasil. A COP30, 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, será realizada em Belém, capital do estado do Pará. As atividades abordarão temas em torno da mobilização para limitar o aquecimento global e a Assembleia Legislativa do RS estará presente aos debates.

O presidente da AL, deputado Pepe Vargas (PT), irá apresentar o Pacto RS 25, o crescimento sustentável é agora! Ele estará acompanhado da superintendente Administrativa e Financeira da AL, Cláudia Bonalume, e do diretor do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional, Ronaldo Zulke.

A participação do presidente na COP30 tem importância estratégica, simbólica e política tanto para o Rio Grande do Sul quanto para a imagem do Parlamento gaúcho no cenário nacional e internacional, uma vez que o RS é o estado brasileiro que mais sofre com as mudanças climáticas. Segundo Pepe Vargas, a relevância do evento vai além dos grandes acordos construídos entre os países durante a COP, pois há um conjunto de troca de experiências, de boas práticas, seja em nível de governos, empresas ou entidades da sociedade civil. “Por isso, levaremos a experiência da ALRS neste ano, em que abordamos o tema da sustentabilidade como prioridade. Em especial, vamos destacar o Pacto RS 25 e também o Plano de Logística Sustentável (PLS) da ALRS”, assinalou o parlamentar.

Plano de Logística Sustentável

Para a superintendente da SAF, a ideia é mostrar o Plano de Logística Sustentável, como foi construído e suas principais ações. Cláudia lembra que a primeira ação estruturante foi a criação do Comitê de Logística Sustentável, responsável por realizar um diagnóstico da situação da AL e propor princípios e objetivos, além de desenvolver um plano de ação. “O resultado do trabalho é o PLS, que é uma ferramenta que orienta a gestão eficiente dos recursos públicos e promove inovação, racionalização de gastos e valorização do serviço público. As ações são todas integradas nos eixos econômico, social, ambiental e cultural” salienta a superintendente.

Fórum Democrático

O processo do Fórum Democrático Pacto RS 25 é uma construção da Assembleia Legislativa em parceria com a sociedade civil, movimentos sociais e a participação de diversos atores, como os 28 Conselhos Regionais de Desenvolvimento, instituições de ensino e pesquisa, representações empresariais e sindicais e movimentos sociais e ambientalistas. Para o diretor Ronaldo Zulke, a presença da AL na Cop 30 será uma oportunidade de apresentar os resultados do Pacto RS 25. “Como o processo ainda não foi concluído, faremos um relato parcial sobre o método de discussão. Conforme Zulke, esse processo envolveu mais de 5 mil pessoas de forma presencial e mais de 30 mil visitantes da Plataforma Digital de Participação Popular, que funcionou como repositório de conteúdos e como instrumento de seleção e votação”, comenta. Segundo ele, também serão indicados alguns conteúdos relativos aos eixos temáticos desenvolvidos durante os eventos do Fórum Democrático. Zulke menciona que os dados sobre os grandes debates, seminários regionais e plenárias livres, assim como a respeito das propostas disponibilizadas pela plataforma, serão sistematizados e apresentados durante o Seminário Estadual a ser realizado em 8 dezembro na capital.

Sobre o Pacto RS 25

O Pacto RS 25 foi estruturado em torno dos seguintes eixos: Transição ecológica, Sustentabilidade na Indústria, Comércio e Serviços, Sustentabilidade na agricultura e pecuária e Combate às desigualdades sociais e regionais. Também ocorreram Seminários nas nove regiões de planejamento do estado, com a participação presencial de mais de 5 mil pessoas. A sociedade debateu propostas de adaptação e mitigação da crise climática.

Para ampliar a participação, foi criada a Plataforma Digital de Participação Popular. Essa plataforma permitiu que os cidadãos formulassem propostas, interagissem com proponentes, apoiassem e votassem em prioridades. Além disso, a plataforma atuou como um espaço informativo, disponibilizando agendas de atividades, vídeos de seminários e debates presenciais. Além disso, a plataforma funcionou como espaço formativo, oferecendo na Central de Conteúdos estudos técnicos, bibliografia e textos de políticas públicas federais e estaduais para subsidiar o debate baseado em evidências científicas sobre a crise climática.

O Pacto contou com a participação de mais de 3.700 pessoas representantes de 593 organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Entre estas se pode identificar 29 entidades ambientalistas, 73 entidades da área cultural, 59 cooperativas e organizações ligadas à economia solidária, 166 ONGs, movimentos sociais, associações profissionais e de moradores, além de 24 canais de mídia regionais. Estes números apontam para a amplitude e diversidade do público que participou do processo.

As discussões e as propostas serão consolidadas no Seminário de Encerramento, em 8 de dezembro , quando serão defiidas diretrizes e políticas públicas para, frente à crise ambiental, buscar um crescimento da economia do Rio Grande do Sul. O documento final será enviado ao governo federal, ao governo estadual e servirá de subsídio para a Assembleia Legislativa articular e propor políticas de desenvolvimento sustentável.

* Com informações de Erenice de Oliveira- MTE 9040, da assessoria do Fórum Democrático

Fotos: Lauro Alves

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