O aporte financeiro a países de baixa e média renda, para que os planos de adaptações climáticas possam ser cumpridos, está em debate na reunião do G77 + China sobre Mudança do Clima, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O deputado estadual Pepe Vargas, presente nas atividades como representante da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, destacou a importância dessa discussão sobre como os países farão a descarbonização das atividades que funcionam na sociedade e a necessidade de financiamento. “Esse é o centro do debate, uma vez que os países ricos são os que mais produzem gases de efeito estufa, e tem tido pouco compromisso no financiamento de uma política que pense as mudanças climáticas e a transição energética”, afirmou ao final do segundo dia.
O parlamentar esteve com o ministro da Economia, Fernando Haddad, que durante a Conferência, divulgou o lançamento do Plano de Transformação Ecológica brasileiro. O Plano é um novo instrumento de engajamento diplomático que reposiciona o Brasil no sistema internacional e questiona paradigmas de desenvolvimento ao vislumbrar um novo papel para o Sul Global no mundo contemporâneo. A proposta apresenta a região como centro da economia verde, defendendo uma globalização ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva. Os primeiros estudos da iniciativa privada indicam que a transformação ecológica poderia gerar de 7,5 a 10 milhões de empregos em todos os setores – com enfoque no segmento de bioeconomia, agricultura e infraestrutura -, e oportunidades de geração de renda.
Pepe Vargas também tem encontrado com lideranças politicas, como o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, deputados, esteve com o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e assistiu à apresentação do vice-governador do Estado, Gabriel Souza, sobre as medidas climáticas no RS. “Tem sido dias intensos, importantes para construção de políticas de mudança climáticas”, constatou. Pepe participou ainda, no primeiro dia da COP 28, do Consórcio Verde, uma iniciativa que reúne políticas conjuntas entre os estados para promover o desenvolvimento de cadeias econômicas, fortalecendo a governança socioambiental. “Nele os estados brasileiros discutem como implementar, inclusive, formas de captar recursos para o financiamento de agendas da transição energética, de ações para o enfrentamento das mudanças climáticas”, explicou.