Para o diretor-executivo do Sips-RS, Rogério Kerber, o setor não busca benefícios, mas incentivos para repor a isonomia entre os estados, devido ao RS ser o estado mais equidistante da federação. “Essa reforma tributária pretende tratar de forma diferenciada as carnes, inclusive está se buscando através da entidade nacional que as carnes tenham tratamento diferenciado. Entendemos que produtos como mortadela, salsichas, linguiças são produtos de primeiríssima necessidade”, afirmou, defendendo uma tributação diferente.
O presidente do Sindifar, Thomaz Nunnekamp, observou que as indústrias de cosméticos não recebem benefício nenhum. É um mercado enorme, o RS ainda não se atentou a isso. “O setor se divide basicamente em higiene e beleza e no RS os dois setores são iguais. Outro setor que não recebe benefício nenhum é o de suplementos. “Essa política que o estado tem e construiu é necessária, em relação ao futuro se de fato os incentivos deixarem de existir em todos os estados do país, haverá uma competitividade relativa melhor”.
O presidente da Comissão Especial, deputado Pepe Vargas, lembrou que ao longo deste ano e do ano anterior, a Assembleia Legislativa discutiu muito com o setor de proteína animal e o governo do Estado. “Ouvimos aqui um pouco do que debatemos durante os meses e há a preocupação com a desagroindustrialização. É um debate que vai ter que continuar”, defendeu.
Para o líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado Miguel Rossetto, a percepção geral é de que a transição da reforma tributária é muito rápida, as definições sobre investimentos serão tomadas neste ciclo rápido. “É uma transição importante que exige um acompanhamento muito grande para evitarmos surpresas. Precisamos imaginar que já no ano que vem estados e União vão se organizar para o início da transição em 2026. Queremos defender a nossa indústria e a nossa atividade econômica”.