Governo Leite barra proposta do PT, e piso regional do RS fica atrás de SC e PR

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Pepe Vargas

O percentual de 5,25% para o reajuste do Piso Salarial Regional do Rio Grande do Sul, proposto pelo Governo Eduardo Leite por meio do Projeto de Lei 357/2024, foi rejeitado pelas bancadas do PT e do PCdoB. Com o apoio da bancada do PSOL, os parlamentares consideraram a proposta insuficiente e apresentaram três emendas para corrigir as perdas impostas pelo atraso na implementação da medida. Desde o primeiro mandato do governador Eduardo Leite, essas perdas já acumulam R$ 7.452,23 nos salários dos trabalhadores gaúchos.

Atualmente, o Rio Grande do Sul possui o menor piso salarial da região Sul. No Paraná, o valor é de R$ 1.856; em Santa Catarina, R$ 1.612; enquanto no RS o piso permanece em R$ 1.573. Segundo o deputado Pepe Vargas, o governo Eduardo Leite tem como prática postergar a votação do reajuste do Piso Salarial Regional, resultando em aumentos abaixo da inflação. Além disso, a bancada governista tem se recusado a votar emendas que poderiam corrigir os valores. Na votação desta terça-feira (03), foram rejeitadas três emendas da bancada petista que propunham um reajuste de 9% em dezembro, suficiente para zerar as perdas inflacionárias acumuladas nos últimos meses.

Na análise do deputado, essa postura do governo Leite contribui para a redução da renda de uma parcela significativa da população gaúcha. Nos últimos 10 anos — seis sob o governo Eduardo Leite e quatro sob o governo Sartori — o Piso Salarial Regional tem ficado abaixo da inflação. “O resultado concreto disso é a perda de participação da economia gaúcha no contexto nacional”, afirmou Pepe Vargas. Ele também destacou que essa política, entre outros fatores, tem levado à perda de relevância econômica do Rio Grande do Sul no cenário nacional, além de contribuir para o empobrecimento de uma parte significativa de sua população.

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